terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Quem pode exercer a Profissão de Psicanalista?




Quando uma pessoa começa a pesquisar sobre a profissão de Psicanalista, acaba se fazendo a seguinte pergunta: quem pode exercer a profissão de Psicanalista? Como se tornar um Psicanalista? Psicanalista é o mesmo que Psicólogo?
Essas perguntas são muito frequentes quando você deseja procurar uma ajuda Psicanalítica, ou até mesmo tornar-se um profissional dessa área.
Pensando nisso, preparamos este texto para responder a seguinte pergunta: quem pode exercer a profissão de Psicanalista? Continue lendo para saber tudo sobre essa profissão!
Psicanalista como profissão livre no Brasil
Segundo a Constituição Federal (art. 153, § 23), “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, observadas as condições de capacidade que a lei estabelecer.”.
Sobre a liberdade de trabalho, temos: “Direito consagrado (§ 23º do artigo 153 da Constituição de 1969) razão pela qual, não consta da nova Constituição, no texto, introdução ou novidade do exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão”.
Assim, os textos constitucionais demonstram de maneira clara a liberdade sobre qualquer trabalho ou profissão, ao mesmo que proíbe o Poder Público de determinar normas ou critérios que possam dificultar qualquer tipo de exercício.




Ciência laica ou leiga?
A psicanálise é classificada como ciência laica ou leiga e, que por não ter relação com religiões, pode ser exercida por agnósticos e crentes. Para o termo, laica ou leiga aponta que a psicanálise não é relacionada à área médica.
Amparo Legal ao Psicanalista
No mundo inteiro, inclusive no Brasil, a profissão de psicanalista é exercida de modo livre (sem regulamentação), seguindo critérios éticos bem rígidos. Em nosso país, a profissão se dá segundo o artigo 5. º, incisos II e XIII da Constituição Federal.

Já, de acordo com o CBO nº. 2515-50 (ocupação) do Ministério do Trabalho, a atividade de psicanalista não se trata de uma especialização, sendo uma formação que acompanha princípios e procedimentos definidos por suas instituições formadoras. Assim, o psicanalista pode ter formações em 3º frau ou graduação em diferentes áreas de atuação.

A Psicanálise não é Exclusiva do Médico ou Psicólogo
A profissão de psicanálise não é caracterizada como um exercício de medicina. Assim, a titulação médico-psicanalista é errada e não permitida. Consultado, o Conselho Federal de Medicina aponta com objetividade e clareza sobre o assunto:

“A atividade psicanalítica é independente de cursos regulares acadêmicos, sendo os seus profissionais formados pelas sociedades psicanalíticas e analistas didatas”;
“Não sendo a psicanálise reconhecida como especialidade médica e não utilizando a sua prática atos médicos são cabíveis a sua caracterização como exercício da medicina e, tampouco, pode o médico intitular-se médico psicanalista”.
O Conselho Regional de Psicologia do Estado de São Paulo também aponta sobre a relação da psicanálise com a psicologia:

“A Psicanálise é uma modalidade de atendimento terapêutico, que é exercida por profissionais psicólogos, psiquiatras e outros que recebem formação específica das Sociedades de Psicanálise ou cursos de especialização neste sentido”;
“Como atividade autônoma não é profissão regulamentada. O Conselho Regional de Psicologia tem competência para fiscalizar o exercício profissional do psicólogo, incluindo-se no caso a prática da psicanálise. Se o profissional que se diz psicanalista não é psicólogo registrado no CRP-SP não temos competência para exercer a fiscalização”.

Sobre o Exercício Profissional da Psicanálise
O parecer CREMERJ Nº 84/00 aponta que a psicanálise é uma atividade assistencial, não sendo privativa de uma profissão em específico. Quando exercida, deve seguir as orientações apontadas pelas instituições responsáveis pela formação. Além disso, nele é recomendado que a psicanálise não deve ser regulamentada pelo poder público. Assim, cabe às sociedades e associações definam seus critérios e códigos adequadas para seu exercício.

Quem pode exercer a Profissão de Psicanalista?
Por ser considerada uma ocupação, e não profissão, a profissão de psicanalista pode ser exercida por qualquer pessoa com curso de qualquer tipo de graduação. Assim, não é obrigatório ter formação em medicina ou psicologia, embora seja comum que profissionais dessas áreas complementam seus estudos com o método psicanalítico.

A definição de não ser uma profissão foi estabelecida por meio da Portaria nº 397, de 09/10/2002, do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, que identifica e classifica inúmeras atividades de trabalho em todas as áreas, sendo nela, Psicanalista/analista apontada com o código 2515-50.

Vale ressaltar que ocupação é considerada como um trabalho usual do indivíduo, ainda mais quando ela o sustenta. As ocupações seguem princípios e normas do Ministério do Trabalho e Emprego. Deste modo, está associada à prática e a uma atividade de trabalho e fonte de renda.

Áreas de Competência da Profissão de Psicanalista
Segundo o CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) 2515-50, do Ministério do Trabalho e Emprego, as competências permitidas para a profissão de psicanalista são:

-Avaliar comportamentos individual, grupal e instrumental;
-Analisar, tratar indivíduos, grupos e instituições;
-Orientar indivíduos, grupos e instituições;
-Acompanhar indivíduos, grupos e instituições;
-Educar indivíduos, grupos e instituições;
-Desenvolver pesquisas experimentais, teóricos e clínicas;
-Coordenar equipes de atividade de áreas afins;
-Participar de atividades para consenso e divulgação profissional;
-Realizar tarefas administrativas;
-Demonstrar competências pessoais.

Esta é a realidade legal da profissão de psicanalista. Ela não s-e trata de uma profissão regulamentada e não possui um o-brigatoriedade em ser. Mesmo assim, possui amparo legal para ser exercida. Além disso, possui uma relação com as ciências e uma epistemologia científica e histórica reconhecida no mundo inteiro. Sendo mais 125 anos de existência e de característica livre e laica.

Caso você se interesse em se aprofundar na área, conheça nosso Curso de Formação em Psicanálise.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019


1.   OBJETIVO DO CURSO
O curso forma Psicanalistas profissionais preparados para orientar as pessoas na solução de seus problemas existenciais, tais como: fobias, ansiedades, depressões, obsessões, impulsos auto e heterose agressiva, angústias e crises de toda ordem, nas áreas clínica, escolar, organizacional, institucional e comunitária; empregando metodologia exclusiva ao bom exercício da profissão, quais sejam as técnicas e meios eficazes da psicanálise no tratamento das psiconeuroses.

Como Psicanalista Profissional você estará preparado para ajudar as pessoas a desenvolver uma autoestima e autoconfiança positiva e estável e uma personalidade robusta e por isto mais capaz de enfrentar e dissolver suas hesitações, ansiedades, depressões e demais dificuldades emocionais.
Poderá abrir seu consultório psicanalítico


2.SOBRE O CURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE

O Curso de Formação em Psicanálise do CETEP faz de você um Psicanalista preparado para orientar as pessoas na solução de seus problemas existenciais. 

Tornando-se um Psicanalista e você estará preparado para ajudar as pessoas a desenvolver uma autoestima e autoconfiança positiva e estável e uma personalidade equilibrada é mais capaz de enfrentar e dissolver suas hesitações, ansiedades, depressões e demais dificuldades emocionais. 

O Curso visa também a prática profissional da Psicanálise com crianças, adolescentes, famílias, instituições e comunidades, fornecendo elementos teórico-práticos que possam ampliar as competências para atuações profissionais em outros campos de relevância social. 

Formando-se como psicanalista você terá maior inserção no mercado de trabalho, tanto para aqueles que pretendem ingresso quanto para profissionais de qualquer área que pretendem desenvolvimento através de sólida formação psicanalítica, aprofundamento profissional, melhor qualificação, formação diversificada e inter-relações de saberes.

O curso de formação em Psicanalise do CETEP - CENTRO DE ESTUDOS DE TERAPIAS E PSICANALISE oferece primeiramente um crescimento e conhecimento pessoal exponencial, você compreenderá melhor a si mesmo(a) e aos outros. Terceiro acrescentará uma qualificação curricular a sua profissão e por último uma nova profissão. SERÁ UM(A) PSICANALISTA CLÍNICO.

Tenha uma das profissões mais promissoras da atualidade

3. Proposta de formação

Nosso Programa de Formação em Psicanálise e segue o tripé psicanalítico estabelecido por Freud: conhecimentos teóricos, supervisão e análise pessoal.

São diversas atividades que juntas compõem a Formação em Psicanálise CETEP: estudos de teoria psicanalítica, grupos de estudos, grupos de leituras, conferências teórico-clínicas, estágio, supervisão e análise pessoal (veja abaixo conteúdo programático completo).

O Curso está dividido em 03 (três) partes: 
1ª Parte – Parte Teórica – Presencial ou em EAD/ Educação à distância. 34 Módulos (matérias)

2ª Parte – Análise Pessoal – Presencial Por profissional de no minimo 100 horas

3ª Parte – Estágio Supervisionado - Presencial - com o propósito de capacitar o aluno para o exercício consciente da Profissão e propiciar a auto-análise. 50 horas

I – TEORIA
O objetivo desta parte do curso é proporcionar conhecimentos que lhe permita lidar praticamente com os casos clínicos. O curso sendo todo Freudiano dado por psicanalistas com anos de experiência, explicando todo conteúdo e trazendo experiências de consultório relacionados aos casos estudados.
II - ANÁLISE PESSOAL
As sessões de análise pessoal visam propiciar experiência básica de contato com o inconsciente e com processo de lidar com as angústias impedidoras do desenvolvimento emocional. E devem ser conduzidas de modo a permitir a retomada do desenvolvimento emocional estacionado em alguma área ou áreas da mente. A finalidade essencial de tal análise pessoal é atingir alto grau de estabilidade de caráter e de maturidade emocional e ainda lhe capacitará a acessar o seu próprio inconsciente utilizando as técnicas e as ferramentas da própria psicanálise.
III - SUPERVISÃO
Os objetivos da supervisão são: adestrar o candidato no uso do método psicanalítico; ajudá-lo na aquisição da capacidade de lidar com pacientes com base no entendimento do material analítico; observar o trabalho do candidato e avaliar em que medida a análise pessoal atingiu ou esta atingindo seus objetivos e apreciar sua maturidade e estabilidade para o trabalho analítico durante um período prolongado de tempo. Esse procedimento é feito assim: depois que você terminar de fazer a leitura e o estudo da parte teórica, e as sessões de análise pessoal, você irá começar a atender as primeiras pessoas para tratamento com a psicanálise, e esse atendimento será feito sob supervisão de um profissional que nós lhe indicaremos.

4. DURAÇÃO DO CURSO
Tempo de curso: de 2 anos a 3 anos (conforme o número de disciplinas cursadas por semestre)

5. INVESTIMENTO
34 modulos de R$ 200,00

6. HORARIO DAS AULAS PRESENCIAIS

HORÁRIO • Aulas presenciais uma vez ao mês: 2 opções de Turmas. No modo EAD as aulas são transmitidas ao vivo.

TURMA aos 4º SÁBADO (manhã) das 8hs 30 a 12 

TURMA aos 4º SEGUNDA feira (noite) das 19hs as 23hs


7. RECONHECIMENTO DA PROFISSÃO

O Curso de Formação em Psicanálise é um Curso Livre NÃO reconhecido pelo MEC! Porque não é reconhecido pelo MEC? Porque nenhuma escola de psicanálise do Brasil aceita as regras do MEC para reconhecimento. No entanto, apesar de não ser reconhecido pelo MEC (como não são os demais cursos de formação em Psicanálise do Brasil), este curso é amparado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9394/96), pelo Decreto Federal n° 2.494/98 e Decreto n° 2.208, de 17/04/97. O profissional formado estará plenamente habilitado a exercer a ocupação de PSICANALISTA CLÍNICO, de acordo com o item COMPETÊNCIA PESSOAL, prescrito na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO nº 2515-50 em todo território nacional.

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8. CARGA HORÁRIA TOTAL
​450 horas​


9. CERTIFICADOS
Após a conclusão o aluno recebera:
1.    Certificado de formação em Psicanálise Clínica
2.    Credencial de Psicanalista Clinico válido em todo o território nacional
3.    Carteira de Associado a Associação Nacional de Terapeutas e Psicanalista Clinicos SP (se o aluno opção na filiação)
10. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
Ao se matricular no Curso de Formação em Psicanálise, será necessário apresentar uma cópia do RG, CPF e certificação de escolaridade e comprovante de endereço.

11. PÚBLICO - ALVO
O Curso de Formação em Psicanálise é indicado para pessoas que atuam:

Na área de ciências humanas: medicina, psicologia, psiquiatria, enfermagem, filosofia, direito, teologia, educação, pedagogia, letras, etc.

Áreas afins; capelães, conferencistas, pastores, líderes; profissionais interessados no trabalho clínico em Psicanálise: terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.

Trabalham nos diversos serviços de Saúde: ONGS, hospitais, núcleos de atenção psicossocial, centros de saúde, projetos judiciários, empresas, escolas, serviços de urgência e outros.

12. COMO É O MATERIAL DIDÁTICO



O CETEP- Centro de Estudos de Terapia e Psicanálise fornece para os seus alunos o acesso EAD todo o Material didático das aulas, filmes, vídeos, textos, livros digitais, etc. de forma digital e gratuitamente

FORMAÇÃO DE SEXÓLOGO

Faculdade de Sexologia: existe? onde estudar?


O tema sexologia anda em alta ultimamente. Os números de buscas têm aumentado e muitas dúvidas tem surgido. Afinal, o sexo é algo presente na vida das pessoas. Assim sendo,  é normal que se queira saber sobre isso. Contudo, onde é possível fazer faculdade de sexologia? O que faz uma pessoa que trabalha com isso? Onde essa pessoa fez faculdade? O que precisa estudar?
Se você tem essas dúvidas, este artigo vai te ajudar a esclarecer o tópico. Vamos trazer informações sobre a sexologia em si, sobre os estudos necessários, e também sobre a área de trabalho. Ademais, vamos te mostrar a relação entre sexologia e psicanálise.
Depois conta para gente como você conheceu a sexologia. Onde e quando você ouviu falar sobre isso? Nos diga se tem interesse em saber mais sobre o assunto. Estamos ansiosos para receber seus comentários.

O que é Sexologia


A sexologia estuda os comportamentos humanos sob o viés da sexualidade. Tem seu início com a publicação dos livros: Psychopatia sexualis (Richard von Krafft-Ebing, 1886), Libido sexualis (Albert Moll, 1897), e Estudos de psicologia sexual (Havelock Ellis, 1897). Contudo, o estudo sobre o sexo data desde o período grego clássico.
Os estudos sobre sexologia são muito abrangentes e podem ser abordados de várias formas. É o tipo de conteúdo que esperaríamos encontrar em alguma faculdade de sexologia, se existisse uma.
Assim, ela pode ser estudada sob um viés psicológico, social, clínico, fisiológico, e cultural. As análises podem ser feitas em relação a apegos, comportamentos e desenvolvimentos sexuais, e eroticidade. Contudo, para além desses temas, a sexologia também lida com saúde sexual, aborto, abuso sexual, controle de natalidade.
Apesar do interesse atual, a sexologia vem recebendo cada vez mais atenção desde o início das revoluções sexuais. Dificilmente veríamos falar de sexo abertamente na TV há alguns anos. Assim, mesmo que ainda sejam considerados um tabu, movimentos revolucionários e a propagação de doenças sexuais abriram caminho para o tipo de discussão proposta pela sexologia.
É preciso que se fale sobre sexo. Ademais, reconhecemos a necessidade de que se fale sobre educação sexual, prevenção e entender como o sexo interfere na nossa vida.
Como veremos no próximo tópico, estudos que relacionavam o sexo, psique e comportamentos foram importantíssimos. Assim, a partir disso, podemos ver que abordar a sexologia é muito mais que falar sobre um ato físico. Dessa forma, trata-se de uma área ampla e complexa, isto é, um meio de ir muito mais além de discussões rasas.

Sexologia e Psicanálise


Sigmund Freud, o “pai da psicanálise” é comumente conhecido como o “descobridor da sexualidade”. É preciso saber que a psicanálise tenta explicar os comportamentos humanos os relacionando a instintos e traumas da mente. Dessa forma, para Freud, os desejos, lembranças e instintos que reprimimos provocam alguma coisa no nosso exterior

A “descoberta da sexualidade” por Freud se deu durante algumas consultas com pacientes do sexo feminino. Essas pacientes estavam em situação de histeria, levando-o a concluir que muitas delas tinham sua sexualidade comprometida. Assim, a partir disso, Freud começou a estudar sobre sexualidade e considerou que seria um dos sintomas dos problemas dessas pacientes.

Pulsão e instinto

Ainda sobre os estudos Freudianos, é preciso entender que ele falava sobre pulsão e instinto.
  • Pulsão: Desejo sem um objeto específico.
  • Instinto: Desejo orientado para um objeto.
Diante dessas definições, você pode estar se perguntando por que saber isso é importante. Para Freud, o que sustenta a pulsão sexuais é a libido. A libido, segundo o psicanalista, tem variação de força. Assim, quando essa está descontrolada, a pulsão acontece. Pulsão, nesse contexto, é basicamente o descontrole do desejo.
Esse descontrole é a demonstração de que algo está errado. Por isso, para ele, como já dissemos, a sexualidade comprometida é um sintoma.

Sexologia e Wilhelm Reich

Contudo, o aprofundamento do tema foi feito por seu discípulo Wilhelm ReichReich concluiu com seus estudos que não era mais um sintoma, mas o sintoma principal da neurose.
Para Reich, a livre expressão da sexualidade seria a melhor terapia contra as perturbações psicológicas. Ou seja, para ele, os bloqueios do corpo relacionados ao sexo deveriam ser superados e todas as fantasias deveriam ser experimentadas.
Além disso, na Psicanálise, sexualidade vai além do ato em si. Assim, de acordo com essa linha de estudos, todas as atividades que envolvem sentimentos ternos e impulsos sexuais são pertencentes a sexualidade. Mesmo que as atividades tenham sido bloqueadas antes da realização ou trocadas por algo não sexual, há o mesmo enquadramento.
Dessa forma, a satisfação pode ocorrer com a relação sexual ou não, pois a relação sexual é só uma forma de expressão.
Essa concepção de sexualidade trazida pela psicanálise abriu um horizonte amplo para o tema. Assim, o que antes era considerado algo somente físico e instintivo, passou a ser psicológico. Com isso a sexualidade passou a guardar uma linha tênue entre o que é normal e o que é patológico. E sendo necessário à sua análise para entender muito mais do ser humano e de sua mente.

Pós-graduação

Como não há faculdade de sexologia, depois da graduação em alguma dessas áreas, o indivíduo que quer atuar em sexologia pode fazer uma pós. Essa forma de especialização pode ser feita em Educação Sexual, Sexologia ou Terapia Sexual. Todas essas pós-graduações abordam a sexologia, mas os nomes podem variar de instituição para instituição. O importante é você saber se que existem dois tipos de pós-graduação:
  • Lato Sensu: É uma pós de especialização que não incluí diploma, apenas certificado.
  • Stricto Sensu: Diz respeito ao mestrado e doutorado e incluí diploma na área.
Nos dois casos você precisa ter um diploma de graduação. Contudo, a escolha por qualquer um dos dois depende dos seus objetivos profissionais.
Por fim, vemos que para atuar na área da sexologia é preciso ter um conhecimento muito amplo. Assim, a formação não é uma trajetória específica e objetiva. Você precisa conhecer primeiro o amplo, para depois se especializar. Isso é bom, pois a sexologia, como vimos, abrange mais que um ato. Ela é um estudo amplo do comportamento humano. E a pessoa humana é complexa.
No entanto, você deve estar se perguntando: “onde um sexólogo pode trabalhar?”. Essa é uma pergunta que vamos responder aqui em baixo.

Qual a área de atuação de um Sexólogo

Há várias áreas onde uma pessoa que se especializou em sexologia pode trabalhar. Neste artigo vamos falar das três principais áreas:

Terapeuta Sexual:

Tem como foco o desenvolvimento sexual do individuo e a sintonia sexual de casais. O terapeuta ajuda o casal se comunicar e melhorar a sexualidade física, emocional e psicológica.

Sexólogo Forense:

Ele trata transtornos sexuais, problemas com origem em traumas e parafilias. Parafilias são fantasias intensas sexualmente estimuladas que envolvem objetos, crianças e adultos inconscientemente. Assim sendo, trata-se também de casos de sofrimento ou humilhação durante o sexo.

Sexólogo Clínico:

Atendimento em clínicas em hospitais com o intuito de tratar disfunções, variações e distúrbios ligados a sexualidade. Dentre as questões que ele pode tratar estão a disfunção erétil, ejaculação precoce, baixo desejo sexual, intercurso doloroso.

Por fim…

Esperamos que este artigo tenha te ajudado a conhecer um pouco mais sobre a sexologia. Esta é uma área que desperta curiosidade e tem muito a crescer. Como você viu, é possível aplicar os conhecimentos de várias maneiras, estudando muitas coisas diferentes. No entanto, não existe faculdade de sexologia. Portanto, é importante que você se informe sobre o percurso de formação correto para conquistar seus objetivos na área.

* contribuição IBCP



quarta-feira, 19 de junho de 2019

Marcio Aurélio Psicanalista Clínico e Coach de Relacionamentos





Ola Gente boa. A rede Bandeirtantes fez uma série sobre Empresas destaque em seus seguimentos. Compartilho com alegria reportagem da BAND sobre nossa Escola de Psicanalise CETEP.  Assista, fala bastante sobre a PSICANÁLISE.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

25 duvidas sobre o curso de psicanalise




25 dúvidas frequentes



Parte 1. Matrícula e Funcionamento do Curso
1.1. Quais as etapas do Curso de Formação?
O Curso de Formação é composto por uma etapa teórica e uma etapa prática. Todas as atividades são realizadas on-line.
1.2. Qual a estrutura da Etapa Teórica?
A etapa teórica é composta por 34 módulos, que você estuda junto com a turma presencial em aula transmitidas ao vivo diretamente da sala de aula do CETEP.
Todo o material é digital e enviado para você gratuitamente. O material é extenso e aprofundado, baseado nos preceitos de Freud e aprofundado em outros pensadores da Psicanálise, como Lacan, Bion, Klein e Jung. Compõe-se de apostilas, mas há também vídeos, artigos e e-books como materiais complementares, livros digitais. A carga horária do curso e a estrutura de conteúdos você encontra na página inicial.
O recomendado é que você estude um módulo por mês, mas você pode fazer em menos tempo (desde que não menos que um módulo a cada 15 dias, pois isso reduziria a qualidade do aprendizado).
Excepcionalmente na indisponibilidade do horário das aulas transmitidas você pode solicitar a gravação da aula para não perder o módulo.
1.3. Qual a estrutura da Etapa Prática?
A etapa prática é composta por Supervisão, Análise e Monografia. Como é monitorada (em encontros on-line via de regra quinzenais, por Skype ou Hangout em vídeo), segue um roteiro de encontros virtuais (divulgado a cada semestre). Inicia-se no começo do semestre seguinte ao que você concluir a etapa teórica. Caso você não possa comparecer a qualquer encontro virtual da parte prática, ele poderá ser reagendado (no caso da Análise) .
Supervisão debaterá estudos de casos, junto com o professor psicanalista e com colegas de turma. Você poderá trazer seus próprios casos (se estiver atuando) ou debater casos trazidos pelo professor ou por outros colegas de classe. A Análise é individual, bem como o suporte para sua Monografia.
O investimento que você faz ao se matricular já contempla todas as etapas do Curso de Formação, sem cobranças adicionais. Todas as atividades são realizadas on-line.
1.4. Como faço minha matrícula?
Você pode entrar em contato pelo:
Mande-nos um e-mail para cursopsinanalisecampinas@gmail.com pedindo sua filha de inscrição. Após preenche-la devolva para o mesmo e-mail e recebera:
1.      Confirmação de recebimento da ficha de inscrição
2.      Informações sobre o curso e acesso a transmissão das aulas
3.      Instruções para pagamento do primeiro módulo.
1.5. Pagamentos
São pouquíssimos os institutos psicanalíticos aptos a formar psicanalistas. Mais raros ainda são os institutos sérios que oferecem uma Formação que habilita a clinicar e cujo curso seja On-Line.
 Após fazer sua inscrição você recebera um LINK DO PAGSEGURO. Clicando nesse link será direcionado ao site onde poderá fazer o pagamento do primeiro módulo com CARTÃO DE CREDITO, ou BOLETO BANCÁRIO.
Todo o mês você receberá um link para pagamento do módulo.


Parte 2. Aspectos Formais da Profissão
2.1. A profissão de Psicanalista é regulamentada? 
No Brasil e no mundo, a psicanálise é exercida livremente. No Brasil, é uma profissão reconhecida enquanto tal, a formação não é regulamentada pelo MEC, mas realizada pelas Associações de Psicanálise. Com isso, não existem cursos em nível superior reconhecidos pelo MEC que formem psicanalistas. Desse modo, é uma profissão livre, reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (CBO – código 2515.50), amparada pelo Decreto nº 2.208 de 17/04/1997, que estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), Decreto 2.494/98, Lei Complementar 147/2014 (art. 5-I, IV) e pela Constituição Federal nos artigos 5º incisos II e XIII, podendo ser exercida em todo o País.
2.2. A profissão de Psicanalista é reconhecida? 
Sim! Os Psicanalistas tem sua profissão classificada na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) no Ministério do Trabalho – Portaria nº 397/TEM de 09/10/2002, sob o nº 2515.50, podendo exercer sua profissão em todo o Brasil. O Psicanalista é um profissional analítico, que desenvolve seu trabalho em consultórios, empresas, instituições, hospitais, ou tantos outros espaços nos quais cabe-se a utilização da técnica psicanalítica. O exercício da psicanálise é livre e leigo (não restrito a médicos e psicólogos).
2.3. Esta Certificação me habilita plenamente à prática profissional?
Sim, você terá todo o subsídio e apoio para sua formação e atuação como Psicanalista. O certificado será emitido em nome do CETEP – Centro de Estudo de Terapias e Psicanálise com a chancela de Curso de Formação em Psicanálise, necessário para que o formando possibilite sua autorização para a atuação prática da Psicanálise. Ao longo do curso, haverá recomendações sobre como essa “autorização” deverá ser realizada e como se credenciar, sem que o aluno necessite fazer pagamento adicionais.
2.4. Quais os aspectos legais da profissão de psicanalista no Brasil?
No Brasil, o exercício da Psicanálise se dá de acordo com o artigo 5º, inciso II e XIII da Constituição Federal. Acrescenta-se ainda: o parecer do Conselho Federal de Medicina, processo Consulta 4.048/97 de 11/02/1998, o Parecer 309/88 da Coordenadoria de Identificação Profissional do Ministério Público Federal e da Procuradoria da República, do Distrito Federal e Aviso nº: 257/57 de 06/06/1957, do Ministério da Saúde, este último como marco histórico da psicanálise no Brasil. Os cursos de Formação, Especialização ou Pós-graduação em psicanálise são Cursos Livres oferecidos por Sociedades ou Instituições Psicanalíticas. Não se enquadram como Graduação ou Pós-Graduação Lato Sensu.
A Formação em Psicanálise é de caráter livre no Brasil, porém, é reconhecido e amparado pela Portaria 397 de 09/10/2002 do Ministério do Trabalho e Emprego-CBO (Código Brasileiro de Ocupações) nº 2515-50 e Aviso 257/57 do Ministério da Saúde; Decreto Federal 2208 de 17/04/97, Portaria 397 do Ministério do Trabalho. A Lei Complementar 147/2014 (art. 5-I, IV), ao incluir o Psicanalista como atividade enquadrada no Simples Nacional, reforça o aspecto legal e formalizado desta profissão. A Lei 12.933/2008, instituiu o  “Dia do Psicanalista”, a ser comemorado, anualmente, no dia 6 de maio, o que é mais um elemento de reforço do reconhecimento social a este ofício tão relevante.
2.5. A atividade de Psicanalista é exclusiva de médicos e psicólogos?
Não. A atividade psicanalítica independe de cursos de graduação. Embora não haja uma obrigatoriedade em possuir o ensino superior, as diversas sociedades psicanalíticas, consensualmente, preconizam esse grau de instrução em qualquer área de atuação, justamente para que os futuros profissionais possam realizar a formação em Psicanálise já imbuídos de uma trajetória acadêmica diferenciada, uma vez que essa formação requer um importante nível de envolvimento com os estudos.
2.6. Por que o Curso é aberto a várias profissões? 
É aberto porque nenhuma Lei especificou o contrário, e porque os grandes nomes da Psicanálise (inclusive seu precursor, Freud) defendiam-na como ciência laica ou leiga, isto é, não amarrada aos cânones da medicina ou da psicologia, o que não impede que grandes médicos e psicólogos tenham-na como uma forma principal ou secundária de procedimento.
Para Freud e muitos autores da Psicanálise, a formação humanista (filosófica, artística, cultural, histórica) e a experiência clínica, associadas ao método psicanalítico, podem contribuir tanto ou mais para a superação das dores do analisando. Vale dizer que desde o princípio a Psicanálise era uma profissão aberta a quem se interessasse e que atraiu não só médicos – como Jung e Adler – mas também advogados, filósofos, literatos, educadores e teólogos, sociólogos e pedagogos. Por isso, restringir a Psicanálise a essa ou àquela profissão é absolutamente contrário à ciência, ilegal e inconstitucional, pois “todos são iguais perante a Lei”. De qualquer forma, os grandes autores recomendam uma sólida formação nos conceitos psicanalíticos e um alto nível de responsabilidade para se autorizar Psicanalista.
2.7. Sigmund Freud criou a Psicanálise livre para todas as profissões?
Em 1925, a Psicanálise chega aos tribunais por causa de um processo contra o psicanalista Theodor Reik, membro da Sociedade Psicanalítica de Viena, acusado de “exercício abusivo da profissão médica” e de “charlatanismo”. Freud intervém na questão junto a um juiz para explicar que um psicanalista não tem necessariamente que ser médico.O mal-entendido sobre a prática analítica (considerada como atividade médica) torna-se uma questão jurídica. Um grande debate a respeito do assunto surge entre os psicanalistas com um tom que nem sempre agrada a Freud.
Temendo sobre o destino da psicanálise, Freud escreve a Paul Federn: “Não peço que os membros adotem meus pontos de vista, mas vou sustentá-los em particular, em público e nos tribunais”, e acrescenta: “Mais dia, menos dia será necessário travar essa batalha pela análise leiga. Melhor agora que mais tarde. Enquanto viver, tentarei impedir que a psicanálise seja engolida pela medicina”. Portanto após este fato, Freud como seu criador, deixou bem claro que sua criação(psicanálise) era livre para todas e quaisquer profissões, não sendo desta forma uma técnica exclusiva de nenhum grupo profissional.

Parte 3. Aspectos da Certificação
3.1. Que diploma anterior eu preciso ter para fazer o Curso de Formação?
O Curso é aberto a qualquer pessoa que queira se aprofundar na ciência psicanalítica. Entretanto, com base nas três resposta anteriores, para atuar como Psicanalista, recomenda-se que o aluno seja estudante ou formado em qualquer curso tecnólogo ou de graduação, em qualquer área de formação. Não é preciso ter formação específica em área médica, psicológica ou de saúde.
3.2. O que constará no meu Certificado?
O Certificado declara que o CETEP – Centro de Estudo de Terapias e Psicanálise confere a você o grau de Formação em Psicanálise Clínica, na modalidade de Curso de formação psicanalítica conforme o DECRETO nº 5.154 de 23 de julho de 2004. Esse formato de curso não está sob tutela do MEC, pelo fato de a profissão não ser regulamentada.
A certificação do aluno é resguardada pela Lei nº 9394/96; Decreto nº 5.154/04; Deliberação CEE 14/97 (Indicação CEE 14/97); Lei Complementar 147/2014 (art. 5-I, IV). O Certificado listará as leis e resoluções que fundamentam a formação e a profissão de psicanalista, além de informar a carga horária de Teoria, Supervisão e Análise, todas as atividades podem ser realizadas a distância e já estão inclusas no valor do investimento. O Certificado não menciona o caráter on-line do Curso.
3.3. O Certificado é impresso ou somente on-line?
Você receberá o Certificado impresso em sua residência, ao final da Formação, sem custos adicionais de emissão.
3.4. O Certificado é reconhecido pelo MEC?
Nenhum Curso de Formação em Psicanálise pode ser reconhecido pelo MEC, pelo fato de a Psicanálise não ser regulamentada por conselho federal ou estadual. Faculdades podem oferecer curso de especialização ou pós em psicanálise, mas somente institutos e sociedades psicanalíticas como nós podem oferecer Cursos de Formação em Psicanálise, dentro do tripé teoria, supervisão e análise.
Desde a época de Freud, a psicanálise não é um curso de graduação. É um curso de formação profissional, na categoria de cursos livres. Todos os profissionais podem se formar em Psicanálise de acordo com a CBO nº 2525-50 do Ministério do Trabalho e Emprego. Portanto não é um curso superior, mas sim um curso de capacitação profissional. Desta forma, todos os cursos de Psicanálise no Brasil são cursos livres e não são autorizados pelo MEC (não se restringe a faculdades ou escolas técnicas).
3.5. Se o MEC não reconhece nenhum curso de formação, qual a base legal que autoriza o curso e o exercício profissional?
A base legal para o curso e para o exercício profissional são: Ministério do Trabalho e Emprego / CBO 2515.50, de 09/02/02, pelo Conselho Federal de Medicina (Consulta nº 4.048/97), pelo Ministério Público Federal (Parecer 309/88) e pelo Ministério da Saúde (Aviso 257/57), Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96), Decreto nº 5.154/2004, Lei nº 9394/96, Decreto nº 5.154/04, Deliberação CEE 14/97, Decreto 2.494/98, Lei Complementar 147/2014 (art. 5-I, IV) e pela Constituição Federal nos artigos 5º incisos II e XIII.
3.6. Depois de formado, como faço para me cadastrar no Conselho Federal de Psicanálise? 
Não existe um Conselho Federal de Psicanálise. Os Conselhos são autarquias federais criadas por lei, com atribuições de supervisionar eticamente, disciplinar e julgar os atos inerentes e exclusivos das profissões liberais de formação acadêmica reconhecidas oficialmente no país; estando a atividade psicanalítica à parte desta conceituação.
3.7. Preciso estar cadastrado a algum instituto ou sindicato? 
Ao formar-se você será convidado a associar-se a Associação Nacional de Terapeutas e Psicanalístas Clínicos SP.

3.8. Ao final do Curso, poderei atuar como Psicanalista?
Durante o Curso de Formação, você terá toda a base teórica e procedimental para, primeiro, conhecer a riquíssima teoria psicanalítica e, depois de formado e sentindo-se chamado(a), você poderá atuar com a máxima segurança, sem a necessidade de pagar por cursos extras para isso. Vamos passar pelos principais conceitos psicanalíticos e vamos entender as abordagens psicanalíticas aplicáveis, além de dar todas as orientações para uma atuação prática como psicanalista, se for de seu interesse. Para a Psicanálise e a doutrina freudiana, apenas o profissional pode dizer (após concluído um Curso de Formação como o nosso) o momento em que se sente apto para, responsavelmente, autorizar-se como Psicanalista. Tendo o CETEP de apoio como o nosso no acompanhamento dessa transição para a prática, o profissional terá mais segurança para atuar com qualidade e se aprofundar constantemente.

Parte 4. Aspectos Práticos da Atuação Psicanalítica
4.1. Qual o público-alvo do Curso de Formação?
O Curso é voltado a todos profissionais que veem na Psicanálise uma fonte de conhecimento e estudos, seja como campo principal ou secundário de atuação. É voltado também para aqueles que, após realizar todo o trajeto do Curso, desejem atuar na prática como psicanalista.
Desse modo, todos aquele em qualquer área e que têm algum interesse em aprender e desenvolver as técnicas psicanalíticas, seja para utilização dos conceitos e ideias em seu atual contexto de trabalho, ou ainda para investir em uma nova carreira, podem sentir-se contemplados dentro do escopo de interessados em realizar a Formação em Psicanálise.
4.2. O que o psicanalista não pode fazer?
Não compete ao psicanalista receitar medicamentos, diagnosticar doenças, tratar doenças ou fazer encaminhamentos pertinentes à área médica, a não ser nos casos em que o psicanalista seja ao mesmo tempo médico. A clínica psicanalítica é voltada à escuta e à orientação de analisandos, atividade que o Psicanalista pode fazer, dentro deste método de abordagem. Não compete ao psicanalista adotar linhas de abordagem e atribuições típicas de psicólogos e psiquiatras. Durante o Curso de Formação, traçaremos um caminho bem orientado sobre as práticas válidas e efetivas para o sucesso neste campo profissional.
4.3. O que compete ao psicanalista?
O psicanalista ajuda o paciente a se autoconhecer, a conhecer razões históricas (pretéritas) de comportamentos e angústias presentes, a elaborar um discurso coerente sobre si e, a partir disso, reorientar seus processos mentais para o presente e o futuro. O psicanalista trabalha com os sentimentos e emoções, ouve, orienta e auxilia o paciente a buscar em processos inconscientes (recalcados, recusados, esquecidos) as causas e respostas para superação de dores e para melhoras substanciais em relação ao futuro. O trabalho do psicanalista é trazer do plano inconsciente lembranças, sonhos, símbolos, através de técnicas como: livre associação de ideias, livre associação de palavras, interpretação dos sonhos, interpretação dos desenhos(símbolos). Esse processo ajuda o analisando a ter uma melhor compreensão de si e superar dores, traumas, complexos, medos e bloqueios.
4.4. Quais técnicas são recomendadas para a prática psicanalítica?
As melhores técnicas para o bom desempenho psicanalítico são o diálogo terapêutico, a livre associação de ideias e palavras, a fala do analisando como meio de desmitificação das angústias, o aconselhamento, a reprogramação mental, os insights, a interpretação de sonhos, desejos e angústias. Facultativamente, o Psicanalista pode associar elementos de áreas correlatas, como programação neurolinguística, coaching e terapias holísticas.
4.5. Como deve ser a postura ética do Psicanalista?
O Psicanalista deve ter seu trabalho pautado na ética profissional. Não deve protelar o fim da terapia com o intuito de ganhar mais dinheiro. Não deve usar a técnica terapêutica com o intuito de obter benefícios pessoais. Jamais deve utilizar de seu poder de terapeuta para obter favores do consulente. Deve-se autorizar Psicanalista no momento em que se sentir amparado, de preferência em um processo conjunto com seus pares. Não deve fazer nada que possa causar em alguém certo tipo de constrangimento, dor, sofrimento, traumas, complexos, perdas financeiras e pessoais. Não deve exceder sua atuação para atribuições exclusivas de médicos e psicólogos.
4.6. Como eu abro a empresa para atuar na área e pagar tributos de maneira regularizada?
A parte fiscal/contábil foge do foco central de nosso Projeto. Você deve buscar informação com seu contador. Porém, em termos gerais, podemos dizer que o Psicanalista pode se cadastrar como Simples Nacional (Lei Complementar 147/2014, art. 5-I, IV) e pagar um pequeno e único imposto, por meio de guia única, que depois os entes federativos repartem entre si. A forma tributária para isso é bastante simplificada. Veja que o Simples Nacional, ao incluir o Psicanalista como enquadrado em seu regime, reforça a legalidade deste exercício profissional.
4.7. Quais as Áreas de Atuação do Psicanalista?
Segundo o CB0 nº 2525-50 do Ministério do Trabalho e Emprego, no final do Curso de Formação em Psicanálise Clínica você estará apto a atuar nas seguintes áreas:

1 – AVALIAR COMPORTAMENTOS INDIVIDUAL, GRUPAL E INSTITUCIONAL:
Triar casos, entrevistar pessoas, levantar dados pertinentes, observar pessoas e situações, escutar pessoas ativamente. Investigar pessoas, situações e problemas, escolher o instrumento de avaliação, aplicar instrumento de avaliação, sistematizar informações, elaborar diagnósticos, elaborar pareceres, laudos e perícias, responder a quesitos técnicos judiciais, devolver resultados (devolutiva).


2 – ANALISAR, TRATAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES:
Propiciar espaço para acolhimento de vivencias emocionais (setting), oferecer suporte emocional, tornar consciente e inconsciente, propiciar a criação de vínculos paciente-terapeuta, interpretar conflitos e questões, elucidar conflitos e questões, promover a integração psíquica, promover o desenvolvimento das relações interpessoais, promover desenvolvimento da percepção interna, mediar grupos, família e instituições para solução de conflitos, dar aula.

3 – ORIENTAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES:
Propor alternativas para solução de problemas, informar sobre o desenvolvimento do psiquismo humano, aconselhar pessoas, grupos e famílias, orientar grupos profissionais, orientar grupos específicos (pais, adolescentes, etc., assessorar instituições.

4 – ACOMPANHAR INDIVÍDUOS  GRUPOS E INSTITUIÇÕES:
Acompanhar impactos em intervenções, acompanhar o desenvolvimento e a evolução do caso, acompanhar o desenvolvimento de profissionais sem formação e especialização, acompanhar resultados de projetos, participar de audiências.

5 – EDUCAR INDIVÍDUOS  GRUPOS E INSTITUIÇÕES:
Estudar caso em grupo, apresentarem estudos de caso, ministrar aulas, supervisionar profissionais da área e de áreas afins, realizar trabalhar para desenvolvimento de competência e habilidades profissionais, formar psicanalistas, desenvolver cursos para grupos específicos, confeccionar manual educativo, desenvolver curso para profissionais de outras áreas, propiciar recursos para o desenvolvimento de aspectos cognitivos, acompanhar resultados de curas, treinamento.

6 – DESENVOLVER PESQUISAS EXPERIMENTAIS, TEÓRICOS E CLÍNICAS:
Investigar o psiquismo humano, investigar o comportamento individual, e grupal e institucional, definir o problema e objetivos, pesquisar bibliografias, definir metodologia de ação, estabelecer parâmetros de pesquisa, construir instrumentos de pesquisa, coletar dados, organizar dados, compilar dados, fazer leitura de dados, integrar produtos de estudos de caso.

7 – COORDENAR EQUIPES DE ATIVIDADES DE ÁREAS AFINS:
Planejar as atividades da equipe, programar atividades gerais, programar atividades da equipe, distribuir tarefas a equipe, trabalhar a dinâmica da equipa, monitorar atividades das equipes, preparar reuniões, coordenar reuniões, coordenar grupos de estudos, organizar eventos, avaliar propostas e projetos,avaliar e executar as ações.

8 – PARTICIPAR DE ATIVIDADES PARA CONSENSO E DIVULGAÇÃO PROFISSIONAL:
Participar de palestras, debates, entrevistas, seminários, simpósios, participar de reuniões científicas (Congressos, etc.), publicar artigos, ensaios de livros científicos, participar de comissões técnicas, participar de conselhos municipais, estaduais e federais, participar de entidades de classe, participar de evento junto aos meios de comunicação, divulgar práticas do psicanalista, fornecer subsídios às estratégias organizacionais, fornecer subsídios à formação de políticas organizacionais, buscar parcerias, ética e organizacional.

9 – REALIZAR TAREFAS ADMINISTRATIVAS:
Redigir pareceres, redigir relatórios, agendar atendimentos, receber pessoas, organizar prontuários, criar cadastros, redigir ofícios, memorandos e despachos, compor reuniões administrativas técnicas, fazer levantamento estatístico, comprar material técnico, prestar contas.

10 – DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS:
Manter sigilo, cultivar a ética,demonstrar ciência sobre o código de ética profissional, demonstrar ciência sobre a legislação pertinente, demonstrar bom senso, respeitar os limites de atuação, ser psico-analisado, ser psicoterapeutizado, demonstrar continência (Acolhedor), demonstrar interesse pela pessoa, ser humano, ouvir ativamente (saber ouvir), manter-se atualizado, contornar situações adversas, respeitar valores e crenças dos clientes, demonstrar capacidade de observação, demonstrar habilidade de questionar, amar a verdade, demonstrar autonomia de pensamento, demonstrar espírito crítico, respeitar os limites do cliente e tomar decisões em situações de pressão.